sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Link do jornal Correio de Setúbal

Olá amigos

Venho divulgar-vos o link do jornal Correio de Setúbal onde todos os meses sai uma página inteira dedicada aos animais.
Semanalmente a dona faz um artigo de opinião para o jornal e uma vez por mês sai a página "Tão Cães Quanto Nós". Como agora já está disponível online, quero partilhar convosco o link para que possam acompanhar as notícias dos animais de Setúbal.
Espero que gostem.

http://www.cs.publ.pt/

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Artigo de Sábado 07 de Fevereiro de 2009


Tão cães quanto nós

A minha vida por um fio

Na 6ª feira da semana passada quando fui à rua de manhã com o meu cão, deparo-me com um saco de plástico preto com uma caixa de cartão por cima, no passeio, lateralmente à porta do meu prédio. Levado pela curiosidade, o meu cão aproximou-se do saco e cheirou-o. Qual não é o meu espanto quando ouço uns ganidos vindos do interior do saco. Naquele momento senti o chão fugir-me debaixo dos pés, nem queria acreditar. Tentei desatar o nó, mas estava tão apertado que acabei por rasgá-lo. Segundos depois salta-me para o colo uma linda bebé com apenas dois meses arraçada de Boxer completamente assustada e a tremer. Não consigo exprimir o que senti ao viver tudo aquilo. Foi uma mistura de emoções que variaram entre a tristeza, a angustia, a dor e a revolta ao olhar para aquela inocente fechada dentro de um saco e a felicidade por a ter encontrado a tempo de a salvar.

Que ser humano é capaz de tamanha crueldade? Se a colocaram ali de propósito por saberem que sou uma defensora da causa animal e que pertenço a uma Associação, então porque não baterem à minha porta ou telefonarem-me para pedir ajuda para a adopção? O que fizeram é desumano, cruel, repugnante. Se o meu cão não fosse cheirar o saco e como ela estava caladinha lá dentro, provavelmente ninguém se iria aperceber do que estava no seu interior e a menina tinha morrido asfixiada. Que mundo é este onde vivo?

Quero agradecer aos meus pais por me terem ajudado, acolhendo-a durante o dia enquanto fui trabalhar e a uma voluntária nossa que não resistiu aos encantos da cadelinha e a adoptou.

Sempre que olho para ela sinto uma alegria inexplicável, mas acreditem que não me sai do pensamento aquela manhã em que tudo aconteceu.

“Quanto mais conheço os Homens, mais gosto dos animais.”